3a feira rolou a Noite Fora do Eixo no palquinho , com o Camarones Orquestra Guitarrística, o Almighty Devildogs e a Discotecagem Radiofônica Independência ou Marte. O frio começa a chegar de maneira mais cruel à nossa região, castigando principalmente a rapaziada de Natal (RN), mas parece que afastou uma parte do público potencial de São Carlos e Bauru, composto principalmente por estudantes que também estão no final de semestre. Mesmo assim os shows aqui e lá foram quentes, junto também com o povo do Rinoceronte, já mais acostumados com as variações climáticas deste nosso sul/sudeste.
A Discotecagem, nave sonora em eterna mutação, fez duas apresentações diferentes, com variações dos sets instrumental e de grooves afropiscodélicos brazucas. Interessante o feedback na realização tanto com equipamentos mais sofisticados por aqui, trazendo os scratchs spaciais para a apresentação (com um set de delay), e mais reduzida em Bauru, apostando mais na mixagem de efeitos com o sample e muitos recortes do próprio programa de rádio.
Depois de fazer a Transmissão Independente com o Camarones na Rádio UFSCar, umas 2h30 de viagem apertados em cinco no carro cheio de instrumentos para a rápida passagem em Bauru. Além de se apresentar novamente por lá, deu pra conhecer a recém-inaugurada Sede da galera do Enxame, trocar boas ideias com todos de lá e com as bandas e fortalecer a união e amizade com guerreiros que temos bastante identificação. A melhor opção para chegar a tempo para o compromisso do dia seguinte foi dormir no ônibus, baldiando em Campinas, e com ponto final em Poços de Caldas, interior de Minas.
Rango rápido (e vital), e já colei com a galera pro SESC (onde também ficamos alojados) para dar a Oficina de Web Rádio. O público era quase todo do Fora do Eixo Minas, então foi bem produtivo focar nas tecnologias livres e no processo de criação coletiva para registrar os momentos históricos que estamos vivendo. Fizemos algumas transmissões, produzimos um conteúdo que está sendo publicado no Site da Rádio, transmitimos na aula e na Noite Fora do Eixo e bora fortalecendo as experimentações midialivristas.
A galera já é a que mais se destaca nas ações de todo o Circuito no veículo e estavam mais do que abertos para as simbioses que rolaram, tanto no campo de comunicação, quanto de criação e debates ideológicos, que foi muito bem catalizado no Debate sobre Direitos Autorais, que também participei. A galera do Corrente Cultural que estava na organização contribuiu muito para o avanço da discussão, com exemplos e paradigmas da velha indústria fonográfica, de aspectos jurídicos e oligarquias institucionais frente a novos fluxos possíveis, como do Copyleft, Creative Commons, e outras colaborações virtuais, que tem muito a identidade do Fora do Eixo.
Tenho certeza que todos ampliaram muito o conhecimento e a visão sobre a criação e veiculação nos dias de hoje. Representaram muito bem na base de organização e mesmo nas propostas de oficinas e outras ações que aconteceram até domingo. Também tive que sai de lá de sexta para sábado no ônibus mais cedo possível, fazendo-o de cama novamente para voltar para Sanca e chegar a tempo da Sabatina no SESC junto com o Rinoceronte.
Bem a vontade, me ouvindo bem, com todos os equipos perfeitos na extensão da pilotagem. Missões cumpridas, satisfação total, agora de volta para premeditar todas as próximas realizações e botar a mão na massa nas atividades da maior cidade pequena do Brasil. Câmbio, não desligo.