terça-feira, 30 de março de 2010

Programa#137 - TEIA 2010 - Tambores Digitais, Novidades Quentinhas e Festival GAIA

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Salve rapaziada. O programa#137 foi realizado Ao Vivo na Rádio UFSCar com Yasmin e Jovem, que havia acabado de chegar de Fortaleza (CE), da TEIA - Tambores Digitais, o encontro dos pontos de cultura. Depois de contextua
lizar tudo isso, o braço radiofônico do projeto iniciou suas conexões, com registros de vivências, samplers, ligações telefônicas e pesquisas na cultura musical independente brasileira. No BG, Júnior Black - RGB, lançamento recente do artistas pernambucano que toca com vários artistas interessantes da cena e que chega agora a seu primeira trabalho solo, com muito groove pra pista.

O primeiro bloco manteve a pegada de Novidades Quentinhas que estão sendo lançadas constantemente e trouxemos uma variação de ritmos e gêneros musicais, de diferentes cantos do país, interligados pelo fator boa música. Começamos em Sampa, com um folk e mpb tropicalista carnavalesca, depois fizemos novamente a conexão com a banda e Fortaleza (quantas vezes citamos a cidade???) que está radicada na capital paulistana também e terminamos com uma versão da banda Acreana instrumental que mistura funk, brega, guitarrada e outros ritmos latinos calientes, agora em seu novo EP. Ficou assim:

Thiago Pethit - Forasteiro (com Helio Flanders)

Trupe Chá de Boldo - Olhar Ímpar
O Jardim das Horas - Caminhando com a Bondade
Caldo de Piaba (foto) - Dexavi (o que pensa)

Depois, entramos de verdade no universo do maior encontro dos pontos de cultura do país, a TEIA 2010 - Tambores Digitais que acontece de 25 a 31 de março. O Independência ou Marte esteve por lá com a Discotecagem Radiofônica, se apresentando na Praça Verde, no Centro Cultural Dragão do Mar, que concentrou todas as atividades da Mostra Artística e de GTs, seminários e outros encontros. Jovem trouxe algumas experiências de participar deste momento do "povo em processo", e contextualizou um pouco o lance antes de soltarmos sonoras com entrevistas e músicas de artistas que estiveram por lá:

Entrevista - Célio Turino (Idealizador do programa Cultura Viva)
Entrevista - Adriano (Irmãos Aniceto)
Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto - Tenha Pena de Mim
Lia de Itamaracá - Quem Me Deu Foi Lia
Batuque Afro I
Batuque Afro I
Siriri e Cururu
Entrevista - Juca Ferreira (Ministro da Cultura)


Contextualizamos um tanto também sobre amplitude deste encontro e sobre a dificuldade dos focos de ação para o registro. Uma parte do material foi produzido junto com a Rádio Rebuliçu, que está funcionando no local. Além disso, foi importante trazer a experiência de outras linhas de realização do programa Cultura Viva, como os Pontos de Mídia Livre, que está com o edital aberto novamente. Conversamos com alguns parceiros contemplados no edital do ano passado, e trouxemos músicas de artistas da nova música brasileira que também deixaram sua marca por lá. Cultura regional, misturada com uma vanguarda sonora de fusões e experimentações:
Entrevista - Bruno (Kinoarte/Revista Taturana)
B Negão - Reação (Rádio UFSCar)
Linha Dura - Vanguarda Hip Hop
Entrevista - Sami Raoni (Rede Amazônica de Protagonismo Juvenil)
Coletivo Radio Cipó (c/ Dona Onete) - Amor Brejeiro
Entrevista - Marco Amarelo (Soy Loco por Ti)
Mombojó - Faaca

Sensacional, depois deste mosaico, o último bloco foi uma conexão por telefone com o parceiro Rafael Barone do Colméia Cultural, para falar sobre
o Gaia - I Festival Sustentável de Cultura, que aconteceu no último final de semana em Araraquara. Ele nos contou sobre a idealização de um evento que contou com diversas manifestações artísticas, oficinas, e ações ambientais, juntando diversos Coletivos do Fora do Eixo. O evento foi co-produzido com a Prefeitura de lá e as atividades do final de semana foram realizadas no Pinheirinho, com grande emoção, já que quase foi transferida de local, devido às contradições do poder público. Rafa contou um pouco sobre essas aventuras, sobre o espírito de superação da equipe de produção e sobre algumas atrações que rolaram. Pra coroar o bloco, soltamos alguns sons gravados por lá pela rapaziada do Coletivo Guerrilha Gig...muito bom, rolou:

Os Rélpis
Churrasco Elétrico
Íbis
Rafael Castro

E foi isso. No limite do tempo, nos despedimos, mandamos um salve pra quem mereceu de verdade e pra todos os espectadores da Twitcam, que rolou durante todo o tempo. Pra sacar novamente:
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Reprises: Sábado às 15h na Rádio UFSCar
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sábado, 27 de março de 2010

TEIA 2010 - O Brasil reunido no centro de Fortaleza

por Jovem Palerosi

Agora sim pode-se dizer que o evento começou de verdade, na intensidade que a cultura brasileira possui, em sua diversidade de manifestações, fusões, criações. No segundo dia de atividades do maior encontro dos Pontos de Cultura da história do país, chegaram todos os convidados que faltaram e as atividades começaram bem mais cedo.
Durante a manhã, a Feira da Economia Solidária já está na ativa, com stands de alguns Pontos e outros projetos convidados, que trabalham de maneira semelhante, mesmo sem o “selo” do Ministério. Na verdade, estes grupos são raros, mas fazem ecoar uma reflexão da relação do poder público com a sociedade civil. É importante questionar de maneira propositiva sobre este aspecto. Aliás, é uma questão recorrente em diversas conversas, por exemplo, da relação dos novos grupos que “chegam” e sua relação de p
ertencimento nesta história. Predomina-se uma vontade de se constituir realmente uma rede, mas a forma como o número cresce, muitas vezes acaba jogando contra uma certa identidade coletiva que se busca. Sendo realista, um grupo muito heterogêneo que deve buscar com sinceridade a identificações nas missões.
Alceu (do grupo Urucungos, Puítas e Quijengues) perguntou a minha idade. E depois da minha resposta ele disse, “então você é Ponto de Cultura a 24 anos”. Nessa fala, um grande banho de esimulo, é importante considerar que antes de tudo, cada um de nós que busca construir essa história é um pólo, e o reconhecimento deve vir como consequẽncia. Parando para pensar nisso, e em histórias como a de Lia de Itamaracá, que fez uma participação no palco da Economia Solidária, o que vem à mente é que o país deu passos muito grandes nos últimos anos, legitimando as pessoas a viverem seus sonhos e realidades, aumentando o potencial de construção de bases, núcleos, coletivos, associações e comunidades que giram em torno de culturas em comum; elas forma muito tempo negligenciadas ou ignoradas pela maior parte da população e na história do país, mas há uma crença de que nos últimos anos as coisas estão mudando.

Passando para a parte mais prática, foram realizados diversos Grupos de Trabalho, espalhados por todo o Centro Cultural Dragão do Mar. Os relatos e experiências de pessoas que participaram de diverentes encontros levaram a crer que neste início pouco se aprofundou nas questões, e faltou um pouco de organização para realmente se trabalhar com pessoas de experiências e contextos tão diferentes. Mas estes grupos seguem até o domingo, muitos tendo como pautas os editais públicos que estão abertos; provavelmente surgirão frutos mais maduros também.

Na Mostra Artística, a Praça Verde, que reuniu todas as atividades no dia anterior, acabou sendo quase um palco complementar, com um público mais esvaziado, na verdade espalhado pelos diversos outros lugares. Ao dar uma volta de cinco minutos, podia-se ver e sentir expressões culturais de todos os cantos do país, sem exagero, como: Congo, Côco, Afoxé, Baião, Maracatu, Ciranda, Samba, Jongo e muitas outras manifestações. Muitas delas fazem parte de Pontos de Cultura, e representam não só uma apresentação mas todo um trabalho de transformação social.


Curioso é que muitos dos grupos tiveram momentos quase únicos em sua história de apresentação nos moldes “tradicionais” de palco, com microfonação, luzes, etc. Quem já viu a manifestação em sua origem, é capaz até de se estranhar, mas ao mesmo tempo em que elas estão deslocadas de seu contexto origial, a força da crença, do gesto, do canto e a energia da música faz com que os espetáculos sejam sempre originais, contagiantes e propaguem boas energias para muitos que não terão a oportunidade de conhecer a matriz.

Entre muitas atrações, vale-se a pena destacar dois momentos da noite mais impactantes. O primeiro foi na apresentação de Jorge Mautner com o grupo pernambucano Maracatu Atômico, um projeto novo que em breve sairá em disco também. No auge da apresentação, novamente a organização pediu para que o show terminasse antes do combinado, e no momento de reclamação, o microfone de Mautner foi cortado, o que ampliou ainda mais o erro de se intervir em um momento como este. Na verdade fica a dúvida sobre a origem da culpa, mas para o público sempre é algo muito cruel quando se tem a sensação de que o espetáculo foi cortado desta maneira.

O outro momento (desta vez, somente positivo) foi a útlima apresentação da noite, da Orquestra Tambores de Aço da Casa de Cultura Tainã. Este grupo, que pertence à origem da idéia do programa Cultura Viva, quando a experiência iniciou em Campinas (SP), e possui um histórico muito importante nas ações ligadas à militância contra a descriminação racial, a utilização de ferramentas livres e a experimentação com percussão, que foi o mote da apresentação. No palco, instrumentos e músicos de diversas idades, compondo uma áurea muito bonita e sincera do momento em que estavam representando. Uma grande família unida, tendo a linha de frente comandada pelas crianças e adolescentes tocando o Steel Pan, instrumento percussivo/melódico, que dava o tom de músicas encantando a todos. Muitas versões de clássicos da música negra no país, explodindo na alma de todas as pessoas que saíram de suas cadeiras no Anfiteatro e chegaram bem perto para sentir o poder dos Tambores, dançar e se libertar. Como dizia a música: “hoje eu só quero que tudo termine bem...”

Iniciando as Conexões na TEIA 2010 em Fortaleza

por Jovem Palerosi

Apesar a abertura oficial do eventer ser nesta 6a feira, dia 26/03, já começou a TEIA 2010 – Tambores Digitais, o encontro nacional dos Pontos de Cultura que este ano está sendo realizado em Fortaleza (CE). Desde o final de quarta-feira, pessoas de todo o país se juntam na região central da cidade para em apresentações artísticas, exposições, debates políticos e grupos de trabalho em áreas como cultura popular, Economia Solidária, cultura digital, arte/educação, entre outros.

A cidade está cheia de visitantes; cerca de dois mil pontos de cultura estão com seus representantes, além de diversos convidados e grupos selecionados para a Mostra Artística que acontece até domingo. O Ministério da Cultura investiu bastante na busca por contemplar a representação dos diversos fragmentos que compõe o mosaico cultural do país, com muitos artistas de tradições regionais divindo os espaços com nomes reconhecidos do grande público.

Na 5a feira, desde o final da tarde, a Praça Verde no Centro Cultural Dragão do Mar estava cheia de público de todas as idades. Enquanto grande parte das pessoas rodeavam a árena montada em um clima de confraternização e reencontros, algumas pessoas mais velhas estavam sentadas para ver a Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho tocar junto com os artistas populares Irmãos Aniceto, inaugurando o palco Patativa do Assaré com a mistura entre o erudito e o popular. Mas, foi à partir do momento em que os instrumentos clássicos sairam do palco e o segundo grupo dominou a cena, foi que o público iniciou um maior nível de interação e comoção com a sinceridade dos ritmos e danças nordestinas, cheio de improviso.

Dando sequência às manifestações cearenses, em comemoração ao Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Comércio Transatlântico de Escravos, considerado também o Dia do Maracatu, diversas Nações desta manifestação surgiram com seus estandartes extremamente criativos, roupas e maquiagens intensas e negras, para o Ato de Coroação das Rainhas do Maracatu. Específica da região, a cerimônia é diferente dos grupos de Pernambuco, por exemplo, já que possuem coroas e outros apetrechos específicos da história local. Batuque intenso, o pulso de um coração de uma alma negra que muitos de nós sentimos e compartilhamos, mesmo sem o pertencimento original.

Conslidando-se como um evento bastante popular, quem foi escalado para se apresentar nesta quinta-feira também foi o cantor Raimundo Fagner, que tem envolvimento grande com os Pontos de Cultura. Ele destilou diversos hits que o congraram para muitos como um dos maiores artistas cearenses. neste momento, uma grande chuva caiu, invertendo o calor intenso para um pequeno frio, que só passou quando o Grupo Cultural Manguerê (Vitória/ES) trouxe mais gente para o palco e com muito groove representou seu Ponto de Cultura.

Foi o própŕio grupo foi quem chamou o parceiro B Negão, e seu Sistem de Som, com DJ Castro nos toca discos e Pedro Selector no trompete e voz. Bases alternativas para canções já consagradas que compôs com o Planet Hemp, os Seletores de Frequência, além de outros momentos instrumentais e novas músicas que sairão no próximo disco. Apesar de se manifestar positivamente diversas vezes em relação aos Pontos de Cultura e a toda a movimentação que estava acontecendo, o grupo foi prejudicao pela necessida de reduzir o show, devido ao atraso na programação, Isso só fez o público ficar insandecido querendo mais.

Pra finalizar a noite, novamente outra manifestação de cultura popular com o Carimbó – Os Quentes da Madrugada, direto de Belém do Pará. Aí, quem ficou se entregou totalmente à dança e ao ritmo frenético percussivo de uma das manifestações mais potentes do norte do país. Entre um som e outro, alguns ensinamentos populares, a busca pela conscientização das memórias e histórias orais. Foi um ótimo começo para uma quinta-feira, um incentivo à união e trabalho em conjunto. Muito ainda virá nos próximos dias com outras apresentações da Mostra Artística e depois com o a Conferência Nacional. O Circuito Fora do Eixo estará representado em horário de destaque no sábado com o show de Linha Dura – selecionado pelo Ponto de Cultura Pixaim, projeto da CUFA/MT - e a Discotecagem Radiofônica Independência ou Marte, do Massa Coletiva. As conexões estão apenas começando!!!!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Independência ou Marte#136 - Porcas Borboletas + Aeromoças e Tenistas Russas, Quão Negros Somos, Guitar Heros Instrumentales e Sinewave pt.2

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Iow. Programa#136 com aquele cheiro de momento histórico no ar. Felipe, Jovem e Yasmin no astral recebendo diversos convidados, registros/fragmentos sonoros vividos, e pesquisas musicais . Quase um "sonho de criança", os estúdios da rádio estavam cheios como nunca, com muita gente ajudando ou assistindo a atração principal que viria na metade final, com a Jam Session do Porcas Borboletas e o Aeromoças e Tenistas Russas, registrando a passagem da Tour Fora do Eixo por Sanca Vice.. No BG, Lurdez da Luz com disco homônimo recém-lançado, fazendo a caminha sonora até o final.

O primeiro bloco, até no link com as bases sonoras do BG, foi sobre o evento "Quão Negros Somos..., realizado pelo Ponto de Cultura Teia - Casa de Criação no último final de semana. Além de contextualizar sobre todas as atividades, dando uma palinha sobre as atrações destes 4 dias, soltamos alguns sons gravados Ao Vivo no evento, desde as manifestações populares e outros grupos que se apresentaram principalmente no Centro da Juventude Eliane Viviane no último domingo, em um pequeno Festival que encerrou as atividades.

Entrevista - Daniel Marostegan (Teia - Casa de Criação)
MC Paçoca - Anuncia Bateria
Bateria Mirirm Estrelas do Amanhã
Urucungos, Puítas e Quijengues - Samba Rural Paulista (Samba de Lenço)
Zero16 - Sábado a Noite (foto)
Entrevista - Vivian (Teia - Casa de Criação)


Na sequência, um bloco temático de Guitar Heroes Instrumentales, com algumas sonzeiras novas, muito influenciados por uma produção eletrônica, experimentações, paisagens sonoras, samples e outros timbres transcendentais. Caras que possuem trabalhos reconhecidos com outros projetos, mas que também lançam trampos paralelos clássicos:

Jungleman - Descartável
Maquinado - SP
Edgard Scandurra (aka Benzina) - Solitário

Antes
da atração principal do programa, fizemos uma segunda parte sobre o selo virtual Sinewave. Na edição passado eles haviam sido atração do Brado Retumbante, e como havia ficado faltando rolar um som que anunciamos, nos redimimos em grande estilo, com mais sonzeiras de rock experimental, noises buenos tirados também deste portal exemplar de publicação e atualização no gênero. Entramos nos universos de:

Jennifer Lo-Fi - F For Fake
Duelectrum - Trembling Blue Stars
This Lonely Crowd - The name of God in Childre's Heart
Pregos, Cruzes e um Saco de Moedas - Aves no Cio

Passando um pouco do meio do programa veio o momento clássico, a Transmissão Independente registrando a Turnê Fora do Eixo MG/SP, com Porcas Borboletas (MG) e o Aeromoças e Tenistas Russas daqui. Eles tocariam aqui na 3a feira no Palquinho da UFSCar.

As duas bandas tocaram pela segunda vez no programa, já estavam em casa, tranquilos para fazer cada uma 2 sons do show, com algumas participações especiais e no final, uma Jam Session revezando os instrumentos, criando um laboratório bem interessante de experimentação e improviso, uma idéia antiga do início do programa, mas que cada vez mais iremos estimular. Danislau e Banzo trocaram umas boas idéias ainda e o primeiro também recitou poemas de seu próximo trabalho literário, o Hotel Rodoviária. No final, ficou assim:

Porcas Borboletas - A Passeio Porcas Borboletas - Wellington (Dead Smurfs)

Danislau Também - Poemas
Aeromoças e Tenistas Russas - Insomne
Aeromoças e Tenistas Russas - Sax Sugestion (Motel Version)
Jam Session - Aeromoças e Borboletas Marcianas


E foi isso. Classe demais!!!
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Reprises: Sábado às 15h na
Rádio UFSCar
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terça-feira, 16 de março de 2010

Programa#135 - Lançamentos Nordestinos, Remixes em Creative Commons, Experimentações, Uganga e Sinewave

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Salves. O programa#135 começou antes de ir ao ar, transmitindo Ao Vivo não só na Rádio UFSCar, mas em vídeo na Twitcam @indieormars. Quase a realização de um sonho, o hibridismo de meios potencializou a abertura total do processo de realização, com o backstage da pré-produção e outras cenas protagonizadas por Yasmin Muller, Jovem Palerosi e Felipe Silva. Sensacional, à partir de agora passa a ser via de regra o streaming de nossas imagens e sons. Pena que as imagens não ficaram arquivadas como imaginamos, então não será possível assistir novamente a experiência, foi só pra quem tava na hora de verdade. Iniciando o programa, no BG colocamos e bueníssimo coletânea New Amazonas, da Na Music, selo de Ná Figueredo, pioneiro na fusão entre a raíz e o futuro da música paraense, com muitas atividades em Belém do Pará. Firmeza total, começamos então a propagar nossas seleções.

O primeiro bloco já estava engatilhado a algumas semanas, com Lançamentos Nordestinos, com diversos artistas de Recife, Maceió e Natal. Bueníssima fusões de ritmos, e uma forte presença do fator "putão brasileiro", em sons com certa sensualidade e malandragem latina:

Mombojó - Casa Caiada
Jr. Black - RGB
Vitor Pirralho e Unidade - Abaporu Self Serve-se
Dusouto - Fazendo a Cabeça

Depois com uma audiência crescente e feedbacks emocionantes, fizemos novamente um bloco de Remixes em Creative Commons, com sons de artistas um pouco mais conhecidos na cena, mas em versões bem diferentes e experimentais, já que eles disponibilizaram suas músicas em Copy Left, possibilitando a recriação e novos horizontes de produção e distribuição da música. Nós também trabalhamos dentro destes conceitos, e sempre buscamos trazer exemplos como estes:

Lucas Santana - A Natureza Espera (Zeguila Remix)
Apollo 9 - Sussuarana Low-fi Adventures (Lavoura Remix)
B Negão e os Seletores de Frequência - Funk Até o Caroço (oo7 Remix)
Mamelo Sound System e Elo da Corrente - Sério (Flanicx Remix)

O terceiro bloco deu sequência às Experimentações, mas desta vez com artistas que investem na produção caseira e na quebra de fronteiras sonoras, muito calcados na música instrumental, na manipulação digital e outros níveis da relação entre o som e a consciência humana. Novamente, alguns lançamentos de diversos cantos do país, começando com o grupo paulistano que já passou por aqui no início do projeto:

Mamma Cadela - Rancho Carroção
D-Mingus - Galaxia 2001 Futuro
Eduardo Politzer - Sombras Azuis
EuMatheus - Deus

Depois de muita interação com os ouvintes pela câmera, voltamos com o Compacto.Rec, o lançamento integrado do Circuito Fora do Eixo, desta vez com a banda mineira Uganga, que marcou também o lançamento do Fora do Eixo Ao Extremo. No telefone, o Manu, vocalista falou com a gente sobre os dezesseis anos do projeto, com a mudança de formação, parcerias e um espírito de soma que ultrapassa o gênero ou segmento por que são mais conhecidos e fazem parcerias e outras conexões com a boa música. Além de contar um pouco mais da concepção de Caos Carma Conceito, ele fez uma introdução às músicas que rolaram na sequência:

Uganga - Sitar (Intro)
Uganga - Fronteiras
Uganga -
Meus Velhos Olhos

Uganga - 2Radio
Uganga - Encruzilhada


Depois de anunciarmos o vencedor da promoção que havíamos lançado no meio do programa, no último bloco musical fizemos outra ligação, desta vez no Brado Retumbante com o selo Sinewave. Ao vivo com a gente, o Elson Freitas nos contou sobre a concepção do projeto que agrega bandas de post-rock, shoegaze e outras experimentações de todo o país. O site é bastante atualizado, com muitos álbuns disponíveis para baixar, vídeos e parcerias com artistas internacionais. Através das coletâneas com o essencial, segundo os próprios idealizadores, montamos um bloco que acabou ficando mais curto devido a problemas técnicos. Mas semana que vem a gente rola mais som deles. Nesta edição, ficou assim:

S.O.M.A - 4891
We Are Sheep Among Wolves - Paradise Now
Kaoll - Khan El Khall

E foi isso. Despedida dos ouvintes do rádio, da internet, do twitter e tudo mais. Reprise no sábado às 15h na Rádio UFSCar. Web Radio Fora do Eixo Web Radio EBTK Web Radio Rock Alive Radio Software Livre

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terça-feira, 9 de março de 2010

Programa#134 - Especial Dia da Mulher, Festival Rock Feminino e Paris Tetris

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Salves a todos. O programa#134, transmitido Ao Vivo na Rádio UFSCar na última segunda-feira (08/03) e pela primeira vez fez um especial sobre a data do Dia da Mulher.
No estúdio, Yasmin Muller, Jovem Palerosi e Felipe Silva num clima de descontração, à partir dos blocos focados no espírito e áurea feminina a boa música.

Pra começar, o primeiro bloco resgatou algumas belas vozes que já haviam passado pelo programa, mas desta vez com músicas inéditas em nossas playlists. Clima tranquilo e aconchegante para começar nossa homenagem:

Flora Mattos Vs Stereodubs - Esperar o Sol
Sonantes (foto) - Braz
3 na Massa & Nina Miranda - Morada Boa
Dona Zica - Mulher Segundo meu pai

Na sequência, continuamos com as belas vozes, desta vez com algumas cantoras do projeto Geração SP, um núcleo na grande babilônia que concentra diferentes artistas de origens e influências diferentes, dialogando dentra de uma linguagem da nova música brasileira, de fusão, com timbres eletrônicos em alguns momentos e muitas camadas de timbres. O projeto vencedor do "Prêmio Estímulo de Música 2007 - para produção e gravação de CD" e o álbum deve sair em breve. Para saber mais, fica recomendado o site que concentra diversas informações.

Luisa Maita e Tulipa Ruiz - Neblina
Bárbara Eugênia e Barra - Cuidadoso
Tulipa Ruiz - Cada Voz

Claudia Dorei
- Porta do Sol


O terceiro bloco, mais curtinho, foi intitulado Elas pra Elas, com músicas de mulheres falando com mulheres sobre amor e paixão. A primeira é uma pérola de Caio Bosco, artista do Guarujá do programa, e que também participa do projeto do bloco anterior, assumindo neseta canção uma eu-lírico feminino muito sensível. A segunda foi um samba interpretado na parceria de "Na Bouca dos Outros", disco que parcerias de Kiko Dinucci, que na voz de Paula Sanches ganha nova conotação:

Caio Bosco (foto) - Eu Não Quero Ser Sua Garota Nunca Mais
Kiko Dinucci & Paula Sanches - Perua

Então era hora de uma at
ração, que como lembramos, apareceu por aqui pelo terceiro ano consecutivo. Era hora do Povo Heróico com o Festival Rock Feminino. Entre problemas na conexão telefônica, do outro lado da linha, novamente Vivian Guilherme, idealizadora e produtora desta iniciativa, que chega a sua VIII edição, já como uma instituição que desenvolve várias ações. Para este ano ela contou como foi o processe de curadoria das bandas e das artes e outras iniciativas integradas que já começaram no último final de semana. Entre as pausas não intencionais, soltamos os quatro sons indicados por ela para ilustrar o bloco:

Unidade Imaginária - Madalena
Vernate - Distância
Shadowside - Hideaway
Triad - Face no Espelho

O último bloco, como anunciado no início do programa foi com a banda Paris Tetris, que Passou por Aqui, vindo de Varsóvia na Polônia. Eles
estiveram em São Carlos na última terça-feira para participar das atividades integradas do Arte Pra Bixo na Calourada da UFSCar, e antes do show histórico no Palquinho da Área Sul, (fotos) gravaram uma entrevista bem experimental, assim como a proposta sonora da banda. Então nós, novamente ousando nos formatos de realização do programa, fizemos uma tradução simultânea das conversa com Candi (vocalista), MaSexy (teclado e synth) e Macio (bateria e programação). Para coroar, eles mesmo escolheram os três sons para rolar na sequência:

Paris Tetris - Eletrodomestics
Paris Tetris - Surf Rock My Ass
Paris Tetris - Golem
fotos: Rafael Rolim

E nesse clima de brincadeiras internas e alegria geral, cheio de homenagens para estas lindas que tanto nos encantam é que finalizamos o programa, agradecendo os ouvintes que deram uma força e fizeram várias críticas positivas, aumentando a nossa vibe.
Valeu geral!!!

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Reprises:
- Sábado às 15h na Rádio UFSCar - Portal Fora do Eixo - Rádio Software Livre - Rádio EBTK - Rádio Rock Alive

quarta-feira, 3 de março de 2010

Programa#133 - Sambas Tortos, Nagulha.com.br, Beats e Grito Rock com ATR

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Salves. O programa#133 foi realizado Ao Vivo na Rádio UFSCar na segunda-feira, 01/03, com Jovem Palerosi e Yasmin Muller comandando o flow.
No BG, Eu Serei a Hiena - Homini Canidae, requintado disco em formato da cabeça do bicho que dá nome à banda que esteve recentemente em São Carlos.

Pra começar o programa, preparamos um bloco de Sambas Tortos, com artistas de diferentes lugares do país, influenciados pelo "genuíno ritmo brasileiro", mas em fusão com outros elementos. O primeiro artista já havia realizado há um certo tempo, mas os outros três são lançamentos razoavelmente recentes:

Experiência Ápyus - Samba Feio
Graveola e Lixo Polifônico - Coquetismo
Ronei Jorge & Os Ladrões de Bicicleta - Tão sabida que eu nem sei
Orquestra Boca Seca - Tema da Auto Ajuda

Logo na sequência já soltamos a vinheta do Brado Retumbante e fizemos novamente uma conexão com Natal (RN) com Anderson Foca, mas desta vez para falar sobre o recém-lançado portal Nagulha. Está é uma iniciativa em parceria com o Circuito Fora do Eixo, mas que possui uma liberdade editorial para cobrir e se manter atualizado dentro do universo da nova música brasileira. Ele contou sobre o papel de Alex Antunes e Bruno Nogueira, os editores, além de comentar sobre as ações que eles têm criado para movimentar o site. Na sequência, rolamos alguns sons para coroar o bloco, fazendo a conexão com algumas matérias que estavam online na ocasião:

Cordel do Fogo Encantado - Transfiguração
Love Bazucas - Destroy This Little Boy
Daniel Peixoto - Come to Me (ft. Killer on the Dancefloor)
Racionais MCs - Mulher Elétrica


Aproveitando a vibe do final do último bloco, engatamos uma seleção de Beats, com artistas de hip hop e reggae que lançaram material recentemente. Novamente, foi contemplando diferentes lugares do país com artistas que fundem a arte do ritmo e poesia de acordo com suas raízes, conceitos, criando interessantes fusões:

Gurila Mangani - Intensiva (c/ Tico Falador e Gnz)
Stereodubs Vs. Arcanjo Ras - Falador

Ruge Leão (MC Ralph e Mr Jordan) - Ruge Leão


O quarto final do programa, como anunciado no início foi um grande bate-papo com a banda Aeromoças e Tenistas Russas, para falarmos juntos sobre as edições que participamos do Grito Rock no estado de São Paulo. Juntos, traçamos um panorama de como foi o clima em Bauru, Sorocaba, Araraquara, São Carlos, Franca, Serrana, Araçatuba e São José dos Campos. Desde o público, bandas e organização, falamos sobre a importância do fortalecimento dos Coletivos no estado de São Paulo, e como em pouco tempo isto faz uma diferença absurda no desenvolvimento das cenas. Para coroar a conversa, lançamos em primeira mão o som inédito da banda, gravado recentemento no estúdio provisório do Massa Coletiva, com Gustavo Koshikumo, além de três bandas que estavam juntos na cidade que encerrou a tour do maior festival integrado da América Latina:

Aeromoças e Tenistas Russas - Kirilenko
A Banda de Joseph Tourton - #3
Seminal - Omem Urso
Seamus - Brilliant Lights, Brilliant Stars


E foi isso...final rápido divulgando as próximas atrações da agenda e um salve para os guerreiros da audiência, companheiros de segunda a noite.
Para escutar novamente:

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Reprises:
- Sábado às 15h na Rádio UFSCar - Web Radio Fora do Eixo
- Web Rádio EBTK - Web Radio RockAlive - Rádio Software Livre